Informações de preparo e coleta:
Instrução de coleta
Biossegurança: O coletador deve estar protegido com gorro, óculos, máscara, avental descartável e luvas (ou de acordo com a política de biossegurança do laboratório). Recomenda-se o uso de sala reservada para esta finalidade, e ao final da coleta deve ser realizada a desinfecção simples, com Álcool a 70 % v/v. Evitar que o paciente toque superfícies desnecessariamente.
Gestão do risco: O coletador deve verificar previamente a necessidade de coleta anal, genital, perianal ou perigenital. Neste caso, deve realizar o procedimento de coleta testemunhado por outro colaborador (presente na sala de coleta ou em domicílio) sempre que possível. Recomenda-se o registro da coleta acompanhada, neste caso. Esta sugestão pode ser adotada pelo laboratório apoiado, caso seja pertinente, de acordo com a sua própria política de Gestão dos Riscos.
Preparo do Paciente: Não há necessidade de preparo especial (jejum), mas as lesões devem estar limpas e livres de cremes ou pomadas.
Escolha dos locais/lesões: Ler o pedido médico para verificar se há alguma especificação de local de coleta (pele, região anal-genital, mucosa de cavidade oral e nasofaringe, mucosa ocular, etc). Verificar com o paciente quanto tempo decorreu desde a consulta e validar os locais e o estado evolutivo das lesões. O conteúdo de lesões vesico-bolhosas ou pustulosas é o material mais rico em vírus, seguido de raspado de lesões nodulares/umbilicadas ou ulceradas e, por último, de lesões crostosas e em cicatrização. Por exigência do Ministério da Saúde, duas amostras devem ser coletadas (dois swabs de uma a até três lesões cada) devem ser assim, dois códigos devem ser abertos no sistema para que possam ser identificados os locais das lesões.
Cadastro: O Laboratório apoiado deve cadastrar dois códigos, um para cada amostra (para cada swab de uma ou mais lesões):
Códigos Alvaro Apoio: DDNAOMK1 e DDNAOMK2
Amostras/Materiais: Para cada um dos swabs coletados (de uma ou mais lesões) informar a origem segundo o seguinte padrão:
- MUCOSA: Lesões da cavidade oral e orofaringe
- GENITAL: Lesões anais e perianais, lesões genitais e perigenitais
- PELE: Lesões localizadas na pele, em qualquer parte do corpo, exceto as lesões caracterizadas como GENITAIS.
Notas:
- Caso o paciente tenha apenas uma lesão, pode-se coletar dois swabs da mesma lesão para o envio de acordo com o Ministério da Saúde. O cadastro das DUAs amostras é OBRIGATÓRIO.
- Para seja necessário coletar amostras de 3 ou 4 sítios diferentes, para atender a solicitação médica, deve haver o cadastro de dois exames para Monkeypox, perfazendo 4 swabs e 4 tubos tipo Falcon no total.
IMPORTANTE: A coleta de lesões dentro do canal anal (proctite, por exemplo) e na mucosa ocular são procedimentos médicos.
Materiais de coleta
- Swab sintético: Ex.: Swab flocado Kolplast com haste quebrável
- Tubo com tampa estanque, rosqueável: Ex.: Tubo Falcon Est Ind 15 ml Cral
- Agulha estéril, qualquer tipo, ou bisturi estéril, qualquer tipo
- Pinça descartável, qualquer tipo
Procedimento passo a passo
- Definir os locais das coletas das duas amostras, de preferência selecionar locais diferentes, em acordo com a requisição médica e que apresentem lesões com maior possibilidade de presença de carga viral (lesões íntegras com líquido transparente ou com pus).
IMPORTANTE: Opcionalmente, pode-se fazer antissepsia nos locais da pele com lesões a serem perfuradas com agulha ou bisturi com Álcool a 70% v/v, mas a pele deve estar bem seca antes da coleta, para não haver inibição da PCR. O uso da antissepsia previamente à coleta é uma definição do laboratório apoiado.
- Escolher o local da coleta da Amostra 1 e registrar o local. Se necessário, abrir as lesões com agulha ou bisturi estéril, apenas o suficiente para coletar o líquido da vesícula ou da pústula com o swab. Se as lesões apenas apresentarem crostas, recolher as mesmas com uma pinça e colocar no tubo seco estéril (Falcon). Identificar o tubo, incluindo o local da coleta. Refrigerar imediatamente
- Escolher o local da Amostra 2 e registrar o local. Se necessário, abrir as lesões com agulha ou bisturi estéril, apenas o suficiente para coletar o líquido da vesícula ou da pústula com o swab. Se as lesões apenas apresentarem crostas, recolher as mesmas com uma pinça e colocar no tubo seco estéril (Falcon). Identificar o tubo, incluindo o local da coleta. Refrigerar imediatamente.
Transporte
Os materiais coletados contidos nos swabs e frascos são estáveis por 7 dias, sob refrigeração (2 a 8 Graus C). A caixa de transporte utilizada pelo Alvaro Apoio (Categoria B UN/3373) com gelo reciclável é adequada ao transporte deste material biológico.